Festival japonês Tanabata Matsuri: encontros, cores e sabores
- Letícia Kapper/ Mari Eli
- 25 de jul. de 2017
- 2 min de leitura
Na entrada do Museu Cruz e Sousa, um colorido que evoca força, amor. Nele predominava o vermelho, cor pela qual os orientais têm particular afinidade. Antes de dar os primeiros passos em direção ao prédio, à direita, professoras de japonês escreviam o nome das pessoas na língua - cada letra um desenho feito com atenção tipica de quem vive o aqui e agora. Logo adiante, árvores "bordadas" de papeletas coloridas, nas quais os visitantes escreveram seus desejos. Mais dois passos: luta marcial, gastronomia típica japonesa, artesanato, entre outros atrações. Resumindo: um campo vasto para expandir a percepção, exercitar o toque, desfrutar de aromas e temperos, ampliar o olhar sobre a cultura japonesa e sobre a mistura de raças e respeito ao diferente.

Esse foi o Festival Tanabata Matsuri (Festival das Estrelas), que aconteceu nos dias 21 e 22 de Julho, em Florianópolis. Uma manifestação cultural, com entrada gratuita, com apresentações artísticas, gastronomia, oficinas gratuitas e exposição de produtos oriundos da secular tradição japonesa, além de muita gente aberta a novos aprendizados e experiências.
Confira a galeria de fotos:
(Fotos Mariana Eli)
Organizado pela Associação Nipo-Catarinense e pelo Consulado Geral do Japão em Curitiba, o evento representa, todos os anos, a lenda do Tanabata - originalmente celebrada em 7 de julho. Nesta data, os habitantes da terra do Sol Nascente acreditam que o céu está mais claro e proporciona o encontro das estrelas Vega e Altair. Essa junção estelar é propícia para a realização de pedidos, escritos em papéis coloridos que são pendurados em galhos de bambu.
O local escolhido para o encontro não poderia ser mais democrático: o Museu Cruz e Sousa, bem no Centro de Florianópolis. O prédio, que já foi sede de governo e palco de eventos históricos marcantes, como a Novembrada, tem no nome a referência a uma das figuras mais sublimes de Santa Catarina: o poeta negro, filho de escravos alforriados, que se tornou um dos grandes nomes da literatura brasileira. Pessoas de diversas origens participaram do festival, comprovando a importância e o valor desta aproximação entre as diversas crenças e descendências.
A pronúncia de um nome
Na cultura japonesa, os nomes vão além das letras que juntas formam uma só palavra. Cada um tem a sua devida pronúncia, e é por meio dela que eles formam, em letras desenhadas por símbolos (ideogramas), a escrita em japonês. O nome Alecrim, por exemplo, que define a nossa marca, fica ローズマリー (Rōzumarī).
Veja o vídeo de cobertura do evento produzido pela nossa equipe:
Nos galhos de bambu ficaram os desejos de prosperidade, paz, amor, saúde, união e de um amanhã melhor para todos nós.
Até logo! さようなら (Sayōnara)