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O ator-dançarino-criador Egon Seidler

  • Letícia Kapper
  • 28 de jul. de 2015
  • 3 min de leitura

O ator Egon Seidler, 30 anos, é também dançarino. Seus processos criativos variam de acordo com a necessidade de cada trabalho. Em alguns é criador livre, em outros trabalha em estruturas construídas e sólidas nas quais precisa achar brechas para criar. Os resultados se deslocam entre a introspecção e a extroversão completa.

O Palhaço – processo criativo na busca do ridículo

Para chegar ao palhaço Jubi, trabalho desenvolvido na Traço Cia de Teatro, o ator conta que vai em busca, no seu processo criativo, do que de mais ridículo, cômico, tem dentro de si para depois “expandir esses lugares”. “Nesse caso é a ambiguidade entre o masculino e o feminino. O Jubi tenta ser arrumadinho, mas resvala sempre. Acha que tem sutileza, mas não tem nenhuma”, descreve.

O Jubi se transforma em doutor no projeto (A)Gentes do Riso, que leva teatro com muito humor para dentro do hospital que atende crianças em Florianópolis. “Lá a gente briga, brinca, casa e descasa”, conta Egon.

Tudo começa com um encontro. A partir dele, uma situação é criada e o jogo começa, relata o ator. O objetivo é sempre colocar luz no que está bom no ambiente e fazer rir. “A pesquisa que realizamos é com o propósito de estar pronto, disponível, para todos os tipos de encontro, seja ele no palco, no hospital ou na rua”, finaliza.

Dr. Jubi – Egon Seidler – à esquerda. Foto Cris Prim

O (A)Gentes do Riso buscam financiamento coletivo. Espia o vídeo-convite!

Contatos dos (A)Gentes: http://tracoteatro.blogspot.com.br/; https://www.facebook.com/tracoteatro?fref=ts

O dançarino – criação e improvisação

No Ronda Grupo, Egon Seidler se profissionalizou como artista. “Vi todo os lados do trabalho. Tudo que eu dançava partia de uma criação minha com direção da Zilá Muniz”. Todos os espetáculos do Ronda – entre eles “Socorro”, “Lugar Nenhum” e “Cuida de Mim” – têm uma base para que na apresentação aconteça a improvisação estruturada. “É um trabalho de camadas que vai aumentando”, observa, sobre o processo de criação.

Primeiro, pontua o ator-dançarino, você se percebe; em segundo lugar, vem o ambiente; em terceiro, o outro; depois vem a interferência sonora, e por aí vai. “E você sempre pode complexificar, sempre pode colocar um ‘bordadinho’. Esse é um ensinamento da Zilá”.

Egon Seidler, em pé, no espetáculo Lugar Nenhum. Foto Cris Prim

O ator sob direção – processo criativo na construção do personagem

Na Cia Aérea, outra companhia que Egon é membro, o ator-criador atua sob direção de um outro profissional. O processo criativo muda, mas não é anulado. O desafio do ator em “Cascaes – Memórias do Homem de Argila Crua”, montagem com roteiro fechado e direção de Andrea Ojeda (Cia Periplo, Argentina), foi se colocar na narrativa. No princípio dos ensaios, a peça era encenada por duas atrizes: Luiza Lorenz, idealizadora do projeto, e Margô Ferreira. O resultado final inclui Egon Seidler.

“Eu tive que achar o meu espaço”, lembra, enfatizando que os neologismos de Cascaes, autor de um vasto legado artístico protagonista do espetáculo, lhe ajudaram muito nesse processo.

Metamórfica bruxólica esporífica, por exemplo, é como Cascaes adjetivou uma bruxa que busca novas formas artísticas para incitar “respiros” e reflexões para a humanidade. “Isso foi muito rico para a criação. As imagens criadas com esse conteúdo traziam um estado de corpo que valiam para o espetáculo”, explica.

Olha aí ele em “Cascaes”:

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